Após conseguir na justiça suspender por 30 dias as obrigações financeiras, a Light revelou em comunicado ao mercado nesta quinta-feira, 13 de abril, que analisa outras potenciais alternativas para a sua complexa situação financeira. “As Companhias seguem, em conjunto com seus assessores, avaliando outras potenciais alternativas para implementar a pretendida readequação e/ou equalização das obrigações financeiras objeto da Medida Cautelar e de melhorias em sua estrutura de capital”, diz o comunicado. A Light, em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários, também negou intenção de pedir recuperação judicial, ainda que o acesso a esse mecanismo não seja possível por lei.
De acordo com a empresa, a instauração do procedimento de mediação visa criar um ambiente específico e apropriado para as tratativas com os credores, além de permitir um tratamento igual nas negociações de cada uma das obrigações abrangidas pela Medida Cautelar.
Ratings – A agência de classificação de risco Standard & Poor’s rebaixou os ratings de crédito de emissor e de dívida da Light SESA de ‘brCCC-’ para ‘D’ na escala nacional. De acordo com a agência, a ação veio após aprovação da obtenção da medida cautelar que suspendeu o pagamento de obrigações financeiras por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. O rating de emissor de curto prazo na mesma escala de ‘brC’ para ‘D’.
A S&P considera que a Light Sesa e a controladora estão em default geral. Para a agência, a nota ‘D’ reflete a visão que a medida cautelar configura uma formalização da suspensão de pagamento das dívidas.